segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Água desponta como remédio natural para prevenir diabetes



Água desponta como remédio natural para prevenir diabetes
Pesquisa mostra que 1 litro por dia diminui em 21% o risco de hiperglicemia, o primeiro passo da doença metabólica
iG São Paulo | 20/07/2011 18:47


Pesquisadores encontram mais uma evidência de que a água faz bem a saúde
Um estudo preliminar, apresentado no início do mês durante a reunião da Associação Americana de Diabetes, comprovou que a água pode ser um remédio natural contra um dos primeiros passos para as disfunções metabólicas e o ganho de peso: a glicemia elevada.
Durante nove anos, os pesquisadores franceses acompanharam 3.615 homens e mulheres e mensuraram o nível de açúcar no sangue dos participantes. Quando estas medições indicam alta concentração de glicose é um indício de que a pessoa pode desenvolver o diabetes tipo 2. Em alguns casos, os médicos classificam estes pacientes como pré-diabéticos.
Pelos dados parciais apresentados, as pessoas que relataram beber mais de 1 litro de água por dia (entre 4 e 8 copos americanos) apresentaram risco 21% menor de desenvolver hiperglicemia quando comparados àqueles que disseram beber menos de meio litro em um dia.
No mesmo estudo, foram avaliados outros fatores de risco para descontrolar os níveis de açúcar no sangue, como idade, sexo, peso, atividade física e consumo de bebidas como cerveja, sucos adocicados e vinho. E é neste ponto que os especialistas ainda não conseguem mensurar o efeito isolado da água.
Segundo afirmou um dos autores do estudo ao site especializado WebMD, Ronan Roussel, as pessoas que bebem mais água podem ter a influência de outros fatores não avaliados (alimentação, genética e até hormônios) que contribuem para a diminuição do índice de açúcar no sangue. Por isso, o próximo passo da pesquisa é testar o efeito direto da água na glicose. O objetivo é selecionar pessoas que já estão com hiperglicemia, sugerir que elas aumentem a ingestão de água e então avaliar os resultados.
O fato é que o consumo de dois litros de água por dia já é sugerido por médicos de várias especialidades como hábito protetor da saúde. Além de hidratar o organismo e aumentar a resistência do sistema de defesa, a água eleva a sensação de saciedade e é uma das principais aliadas da dieta e do emagrecimento.

Beber água alcalina não traz benefícios à saúde, alertam especialistas

Beber água alcalina não traz benefícios à saúde, alertam especialistas



O organismo tem mecanismos próprios para controlar o PH do sangue e mantê-lo num nível adequado

É importante beber água mesmo sem ter sede, alertam os especialistas
A tendência da vez é beber água alcalina, por vezes conhecida como “água da vida”, por uma especulação de que ela tem funções antioxidantes, de controle de hormônios e até mesmo da prevenção de câncer. No entanto, não há consenso sobre o benefício dessa água, tampouco estudos científicos que comprovem que esse líquido é assim tão benéfico.
Em uma escala de zero à 14, o pH é o marcador que indica se uma substância é ácida ou alcalina. O tema sobre água alcalina será abordado no VIII Congresso Brasileiro de Fisiologia Hormonal e Longevidade, mas endocrinologistas consultados pelo iG discordam sobre o benefício dessa alcalinidade.
A nutróloga Alice Amaral confia no benefício desse tipo de água. Segundo a especialista, como 70% do corpo humano é composto por água, a alcalina traria melhorias ao corpo. “Quando nascemos, somos alcalinos. Na medida em que envelhecemos vamos nos acidificando. Uma alimentação alcalina é saudável”, afirma. Para a médica, o pH da água deve ser acima de 9,5.
Já a endocrinologista Andressa Heimbecher, integrante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, discorda que a água poderá trazer algum benefício ao corpo. Ela explica que, se o sangue ficar ácido, o corpo torna-se susceptível a infecções, sepse e acidose, mas que isso acontece somente quando alguém está com alguma doença que possa descompensar o pH do sangue, como a insulina descontrolada no diabetes. Em todos os outros casos, o corpo tem mecanismos para controlar esse pH e manter tudo dentro da normalidade.
“Não é porque se bebe mais água alcalina que o pH vai se equilibrar. O próprio rim faz essa função, de manter o sangue com o pH entre 7,3 e 7,4”, explica a médica.
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A endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Tarrissa Petry, endossa a afirmação de Andressa. “Se a gente come muita coisa, seja ácida ou alcalina, o corpo vai regular o pH para o padrão normal do sangue, então não tem sentido a água alcalina prevenir tanta coisa”, comenta. “Além disso, se o pH da água for um pouco acima ou abaixo, o próprio organismo vai balancear”.
Um dos argumentos para beber água alcalina, segundo Tarissa, é que o modo de vida atual propiciaria o corpo a ficar ácido, como ingestão excessiva de café, alimentação errada e estresse. “É querer tapar o sol com a peneira. O certo é comer alimentos saudáveis e ter um bom estilo de vida”, recomenda.
Cuidado com a receita caseira
Na internet é possível encontrar receitas de como produzir a própria água alcalina, de modo caseiro. Essas instruções incluem sempre o bicarbonato de sódio. Tarissa alerta para os malefícios que essa prática pode trazer.
“O bicarbonato de sódio pode aumentar a pressão arterial. Não recomendo de jeito nenhum”, alerta. Além disso, como o estômago é naturalmente ácido, torná-lo um ambiente alcalino poderá fazer com que seu funcionamento natural seja inativado, trazendo sérios problemas ao organismo, como um ambiente propício para proliferação de bactérias.
“Quem está com vômitos ou virose, perde muito ácido do estomago. Se ela está perdendo ácido, o sangue fica um pouco mais alcalino, e se tomar mais coisas alcalinas, ela terá um excesso de base [alcalinidade]”, alerta Andressa.
Alerta sobre a água da torneira
Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Fadlo Fraige Filho afirma que não há estudos científicos sobre o benefício da água alcalina. No entanto, ele desconfia das consequências da água tratada que vem pelas torneiras nas cidades maiores, principalmente em São Paulo.
“Há muito cloro e flúor que pode deixar a água um pouco mais ácida sim, e o excesso de produtos químicos pode, eventualmente, estar ligado ao aumento dos casos de hipotireoidismo”, explica. A água é segura no ponto de vista bacteriológico, já que esses compostos químicos eliminam vestígios de bactérias da água, poeiras e partículas. Mas no quesito bioquímico, explica o especialista, a água é muito modificada.
Para Fraige, que também é endocrinologista da Beneficência Portuguesa, a melhor água para consumo é a mineral, completamente natural, que não seja acrescida de bicarbonato de sódio ou outros minerais artificialmente. “Filtros de ozônio e outros [do gênero] são apenas por interesses comerciais”, alerta. No entanto, o médico reconhece que boa parte da população não tem poder aquisitivo para consumir água mineral de boa qualidade todos os dias.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Beber muita água pode evitar que dengue evolua para quadro grave

 


No Bem Estar desta sexta-feira (17), o infectologista Caio Rosenthal explicou que não há um grupo de risco para desenvolver a doença – qualquer pessoa, mesmo a mais saudável, pode pegar e evoluir para um quadro mais grave.
Em caso de suspeita da doença, a dica principal é beber bastante água, cerca de 3 a 4 litros ao dia, como alertou o médico. Isso ajuda a evitar o risco de choque hipovolêmico e até mesmo um quadro mais sério, como a morte. Se o médico observa no hospital que o paciente não vai conseguir beber a quantidade adequada de água por algum motivo, ele deve colocar o soro fisiológico imediatamente para ajudar e evitar a desidratação. O infectologista acrescenta ainda que pessoas que já pegaram dengue uma vez podem ter complicações maiores se pegarem a doença novamente.
Para o telespectador Sidney Matsuguma, por causa da falta de hidratação, sua mulher não conseguiu sobreviver à dengue.
A cabeleireira Adriana, que era uma mulher saudável, fazia exercícios físicos regularmente, se alimentava bem e não tinha nenhum problema de saúde, acabou pegando a doença junto com o marido – ele foi logo ao hospital, tomou remédios e se recuperou, mas ela desenvolveu um quadro mais sério, foi internada e não resistiu, como mostrou a reportagem da Solange Riuzim, de Campo Mourão, no Paraná.
Apesar de o casal ter contraído a doença quase ao mesmo tempo, o infectologista Caio Rosenthal alerta que ela não é transmitida de pessoa para pessoa – o fato de duas pessoas do mesmo ambiente terem dengue significa que aquele ambiente é favorável para que o mosquito apareça.
Para se proteger contra esse mosquito, fora todos os hábitos que ajudam, como evitar água parada em pneus e vasos e colocar uma tela fina nas janelas, por exemplo, há também a esperança de uma vacina. Há 80 anos, cientistas do mundo inteiro buscam essa vacina e, segundo o diretor da Divisão de Ensaios Clínicos do Instituto Butantan, Alexander Precioso, as pesquisas estão no caminho certo.
Em 2005, o Instituto fechou uma parceria com empresas nacionais de saúde dos Estados Unidos para desenvolver essa vacina – como mostrou a reportagem da Carla Modena, os quatro vírus causadores da dengue tiveram o material genético modificados para que a pessoa vacinada produza os anticorpos, mas não desenvolva a doença.
Agora, a vacina será testada em 50 pessoas na cidade de São Paulo, homens e mulheres entre 18 e 59 anos saudáveis e que nunca tiveram dengue. Com esses primeiros resultados, os cientistas poderão ampliar os testes para um grupo maior de pessoas, incluindo quem já teve a doença. Segundo os pesquisadores, a vacina pode estar disponível a partir de 2018, como mostrou a reportagem.
Enquanto isso não acontece, os especialistas continuam reforçando a importância de adotar medidas de prevenção, como recolher recipientes que possam acumular água no dia a dia.
Caso isso aconteça, as fêmeas do mosquito depositam os ovos dentro desses recipientes e no futuro, esses ovos se transformam em larvas, que crescem e se tornam mosquitos adultos. De acordo com o engenheiro agrônomo Luís Fernando Macul, a conscientização da população é extremamente importante para reduzir a infestação de dengue.
Outras pragas – Os especialistas falaram também sobre outros insetos que costumam aparecer em casa – por causa do acúmulo de lixo, os ratos podem aparecer e transmitir doenças, por isso é essencial que as pessoas tenham a consciência de evitar que o lixo fique acumulado. Até mesmo os animais de estimação podem se contaminar através das pragas e pegar doenças, como disse o infectologista Caio Rosenthal.
O biólogo Fernando Bernardini lembrou ainda que é fundamental criar barreiras físicas dentro de casa para prevenir a entrada de pragas – o ralo, por exemplo, pode ser coberto por uma tela, que evita o problema. Em relação aos mosquitos e pernilongos, vale ressaltar que apesar de serem um incômodo, eles não transmitem o vírus da Aids, como lembrou o infectologista.
No caso dos cupins, os especialistas alertaram que eles podem até mesmo causar incêndios já que conseguem correr o plástico da fiação elétrica. A força da mandíbula dos cupins é tanta que eles conseguem destruir também concretos – porém, existem madeiras que eles não “gostam”, como a ipê e jatobá, como mostrou o biólogo Fernando Bernardini. (Fonte: G1)

Água termal traz sete benefícios para a pele

Quarta, 15 de Janeiro de 2014 - 16:05
Fonte: Portal Minha Vida
A água termal tem feito a cabeça de quem acompanha o mundo dos cosméticos. E por mais que no rótulo informe que ela só contém água, a composição do líquido é o fator mais importante e que justifica inclusive o preço do cosmético.
 
"Ela conta com uma composição específica, pois passa por um processo de filtração próprio, que mantém seus minerais em ótimas condições e não apresenta bactérias", enumera a dermatologista Edislene Viscardi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
"Além disso, a água termal tem menos sódio em sua composição e é mais rica em selênio, cálcio e manganês, quando comparada à água mineral", completa a especialista. Esse diferencial ocorre devido a temperatura mais alta da água termal, que normalmente é encontrada entre 37 e 50 graus.
 
Ela é normalmente comprada em spray, e deve ser borrifada sobre a pele antes de passar ou retocar o filtro solar, para não anular essa proteção.
 
"Alguns cremes e loções hidratantes, podem vir enriquecidos com água termal, para otimizar sua ação calmante e suavizante na pele", considera a dermatologista Carla Albuquerque, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
O ideal é passar o suficiente para cobrir a área do corpo, mas não há problema no uso excessivo, já que o produto é apenas água com concentrações relevantes de minerais.
 
Refresca
 
Por conter uma maior quantidade destes minerais e oligoelementos, a água termal refresca muito mais do que a água comum, mas depende do solo em que essa água foi filtrada. O ideal é borrifá-la no rosto ao longo do dia, principalmente nos dias mais quentes do verão.
 
"Para sentir os benefícios da água termal, é necessário usar o produto entre duas e três vezes ao dia, aplicando antes do filtro solar pela manhã, no meio do dia, antes de reaplicar o filtro, e antes de dormir", ensina a dermatologista Edislene Viscardi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
Hidrata
 
Para a dermatologista Edislene, a água termal pode inclusive servir como hidratante para pessoas que tenham pele oleosa e não conseguem se beneficiar tanto com cremes e outros tipos de loções. Afinal, seus nutrientes também ajudam a fazer com que ela hidrate bem mais do que a água mineral ou de torneira.
 
"Isso ajuda a dar um aspecto melhor à pele, impedindo que ela fique enrugada e sem brilho", comenta a especialista.
 
Repõe minerais perdidos
 
Com o suor, perdemos vários minerais não só da nossa pele como do corpo. E além do uso de isotônicos para recarregar o corpo, a água termal ajuda a revitalizar a cútis ao repor esses minerais, pois ela contém principalmente as substâncias magnésio, cálcio, ferro e zinco, como enumera o médico esteta Paulo Kogake.
 
"Sem isso, a pele pode ficar desvitalizada, sem viço, com aspecto cansado", considera a dermatologista Carla Albuquerque, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
Acalma a pele
 
Esse cosmético tem o poder de melhorar a vermelhidão e acalmar a pele. "A água termal apresenta uma rica composição em minerais e nutrientes antioxidantes importantes para proteção de barreira da pele por equilibrar o pH e diminuir o processo inflamatório", conta a farmacêutica Alexandra Lemos, consultora técnica da Galena.
 
Além disso, ela protege nossa pele contra a agressão do sol, poluição e muito mais. Mas de maneira alguma substitui o protetor solar.
 
"A água termal é capaz de nutrir e ajudar na proteção da pele contra fatores externos do dia a dia", frisa Kogake. Um dos minerais que contém mais essa ação é a sílica.
 
Tem propriedades cicatrizantes
 
A vermelhidão causada por cicatrizes e problemas de pele também podem ser amenizadas pela água termal, já que ela ajuda na cicatrização da pele. "Para ação cicatrizante é importante conter enxofre e zinco, pois esses dois minerais participam do processo de reparo tecidual", aponta a farmacêutica Alexandra.
 
Alguns chegam inclusive indicar esse produto para problemas como rosácea, psoríase e eczema.
 
"Mas nesses casos são mais indicados tratamentos mais completos nas estações de águas termais", frisa a dermatologista Carla.
 
Ajuda após tratamentos estéticos
 
Essa habilidade de cicatrização torna a água termal uma boa amiga de quem acaba de passar por procedimentos estéticos na pele.
 
"Ela é muito indicada após tratamentos a laser e peeling químico, já que estimula a renovação celular, qualidade da pele e regenera e estimula as defesas antioxidantes naturais", lista o médico esteta Kogake.
 
Ela também ajuda após limpeza de pele, peeling físico, preenchimento e aplicação de toxina botulínica (botox).
 
Além disso, ela protege a pele de fatores externos, o que é útil após esse tipo de procedimento, quando ele fica tão sensível.
 
Pode ter a ação que sua pele precisa
 
"A maior parte tem magnésio, cálcio, ferro e zinco, mas algumas têm diferenciais. As ricas em selênio têm ação antioxidante, por exemplo. Se houver bicarbonato, a água amaciará a pele.", comenta a dermatologista Edislene.
 
Existem algumas águas com ação contra a oleosidade e antisséptica também, como as vindas de Águas de São Pedro.
 
Uma outra forma de conseguir esse tipo de benefício é manipulando o produto, como destaca Alexandra. (Portal Minha Vida)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Saiba como escolher a água mineral mais saudável

27/12/2013 | 11h41
Especialistas dão dicas sobre como equilibrar a quantidade de sódio e outros elementos Saiba como escolher a água mineral mais saudável Lauro Alves/Agencia RBS Zero Hora analisou o rótulo de dez marcas de água mineralFoto: Lauro Alves / Agencia RBS Cândida Hansen candida.hansen@zerohora.com.br Um dos poucos alimentos que são liberados de forma quase unânime por médicos e nutricionistas é a água. Bebê-la não tem contraindicação. Mas você já deu uma olhada no rótulo da garrafa de água mineral que o acompanha todos os dias? Pois muita gente andou olhando e não gostou do que viu. A quantidade de sódio e a variação desse elemento entre uma marca e outra é de causar engasgos. Para tirar a prova, Zero Hora fez um teste: consultou o rótulo de 10 marcas de água mineral. Foi constatado que a quantidade pode variar de 3,086mg/l até 103,86mg/l, o que representa uma diferença de mais de 3.000%. Apesar de esses números assustarem, nenhuma marca de água mineral está fora dos limites aceitáveis pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 600 mg/l. Ainda assim, os especialistas recomendam atenção na hora de escolher a água que você vai beber. — A nossa alimentação já tem muito sódio, que consumimos por meio dos produtos industrializados e do tempero que adicionamos, e ainda vamos ingerir mais na água? Ela deveria ser uma fonte de hidratação, e não o contrário — afirma a nutricionista e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Raquel Dias. De uma forma geral, o excesso de sódio na alimentação causa retenção de líquidos, o que leva ao aumento da pressão arterial. Por isso, o alerta serve principalmente para as pessoas que sofrem com hipertensão, problemas cardiovasculares e renais, que são potencializados com o alto consumo desse elemento. Mas a qualidade da água não depende somente da quantidade de sódio que ela contém. Há diversos outros fatores que devem ser considerados, como o índice de pH. O "potencial hidrogeniônico" é uma escala que mede o nível de acidez da água. A recomendação da American Public Health Association é que o pH varie de 7 a 10, o que caracteriza uma água neutra ou alcalina. Nas marcas pesquisadas por ZH, foi encontrada uma variação grande neste índice: de 5,45 (água ácida) até 9,58 (água alcalina). — A qualidade da água é determinada pela quantidade e pela qualidade dos minerais que ela contém. O ideal é sempre analisar os elementos de cada água para saber se você está comprando um bom produto — complementa o professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Luiz Olinto Monteggia. Para saber qual a melhor escolha, a nutricionista e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Gilberti Hubscher recomenda: — O sódio deve ser o primeiro fator a ser analisado, mas o ideal é buscar um equilíbrio entre um bom pH, uma quantidade pequena de sódio e bons níveis de outros minerais importantes para a saúde, como o potássio e o magnésio. PARA LER O RÓTULO Quanto menos melhor — Sódio — Cloreto — Vanádio — Sulfato — Bário — Nitrato — Zinco — Lítio pH O potencial hidrogeniônico recomendado é entre 7 e 10 — Todas as águas têm quantidade de sódio abaixo do limite indicado pela Anvisa, mas especialistas lembram que pessoas hipertensas ou com problemas cardiovasculares e renais devem procurar as de menor teor do componente. Por que tanta diferença no sódio? De acordo com o professor Luiz Olinto Monteggia, as características das águas minerais são determinadas pelo contato que elas sofrem com as rochas do subsolo, de onde normalmente são captadas. Algumas águas têm um teor um pouco mais alto de sódio naturalmente, mas os índices mais altos, normalmente acima de 20mg/l, costumam ser resultado da adição de sódio à água. Esse processo é feito para equilibrar outros fatores do produto, como sais e pH. Quanto por dia? A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão diária de até 2.000mg de sódio por dia. Se você beber um litro de água mineral com 103,06 mg de sódio, já estará consumindo cerca de 5% da sua cota diária. E a água da torneira? As fontes da água da torneira mudam em cada região ou cidade. Para saber a composição química daquela que chega à sua casa, é preciso solicitar a informação para a companhia de saneamento que a fornece na sua cidade. É obrigação dela informar. Toda a água fornecida passa por diversas avaliações microbiológicas que precisam garantir sua qualidade. OS RÓTULOS DE 10 MARCAS PUREZA VITAL (mg/l) Sódio — 3,086 Bicabornato — 137,14 Cálcio — 24,20 Magnésio — 14,22 Cloreto — 9,84 Potássio — 3,08 Nitrato — 2,44 Sulfato — 1,14 Fluoreto — 0,09 pH — 7,44 VERSANT (mg/l) Sódio — 14,59 Bicabornato — 46,23 Cálcio — 3,03 Magnésio — 2,20 Cloreto — 4,70 Potássio — 1,09 Fluoreto — 0,97 Lítio — 0,011 Vanádio — 0,02 pH — 6,66 FLORESTA (mg/l) Sódio — 16 Cálcio — 41,06 Magnésio — 1,21 Potássio — 4,00 Sulfato — 7,20 Bicarbonato — 155,73 Fluoreto — 0,12 Nitrato — 5,80 Cloreto — 5,16 pH — 7,0 ÁGUA DA PEDRA (mg/l) Sódio — 23,02 Cálcio — 25,18 Potássio — 1,09 Fluoreto — 0,11 Bicarbonato — 122,83 Silício — 30,17 Magnésio — 4,44 Cloreto — 8,47 Zinco — 0,02 pH — 7,2 SÃO LOURENÇO (mg/l) Sódio — 30,17 Bicarbonato — 258,88 Potássio — 30,52 Cálcio — 26,49 Magnésio — 11,21 Sulfato — 2,42 Cloreto — 1,38 Nitrato — 0,91 Bário — 0,35 Fluoreto — 0,11 pH — 5,45 PERRIER (mg/l) Sódio — 9,5 Bicarbonato — 430 Cálcio — 160 Cloro — 22 / ou cloreto Potássio — 1 Magnésio — 4,2 Nitrato — 7,8 Sulfato — 33 pH — 5,5 SARANDI (mg/l) Sódio — 71,00 Bário — 0,01 Cálcio — 2,00 Potássio — 6,00 Carbonato — 21,54 Bicarbonato — 89,01 Fluoreto — 1,19 Cloreto — 0,83 Sulfato — 51,86 pH — 9,35 CRYSTAL (mg/l) Sódio — 103,60 Bicarbonato — 71,56 Cálcio — 0,308 Cloreto — 1,47 Fluoreto — 1,06 Magnésio — 0,043 Potássio — 0,213 Sódio — 103,60 Vanádio — 0,103 pH — 9,58 PURIS (mg/l) Sódio — 3,993 Bário — 0,012 Cálcio — 25,140 Magnésio — 7,053 Potássio — 2,392 Nitrito — 0,005 Nitrato — 0,090 Fluoreto — 0,070 Cloreto — 0,080 Fosfato — 0,200 Bicarbonato — 124,41 pH — 6,98 CHARRUA (mg/l) Sódio — 20,90 Cálcio — 9,63 Magnésio — 4,65 Potássio — 3,27 Sulfato — 2,3 Bicarbonato — 37,73 Fluoreto — 0,39 Nitrato — 34,10 Cloreto — 21,86 Silício — 16,14 pH — 5,83 Observação: algumas marcas podem apresentar uma quantidade de sódio (entre outros componentes) diferente para cada Estado onde são comercializadas. A explicação é porque as águas podem ser de fontes diferentes.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Como se produz a água com gás?

Alquimia Borbulhante Como se produz a água com gás? Isso torna mais fácil agregá-los ao líquido”, afirma o geólogo Uriel Duarte, da Universidade de São Paulo (USP). por Cristina de Moraes (Amália Lucy Soares Querino, Juiz de Fora, MG) A grande maioria das marcas que encontramos à venda é gaseificada artificialmente, em um processo industrial idêntico ao dos refrigerantes: retira-se o oxigênio presente no líquido e injeta-se, em seu lugar, gás carbônico. A água tem de ser resfriada para absorvê-lo. “Gases a baixas temperaturas têm menor movimento molecular. Isso torna mais fácil agregá-los ao líquido”, afirma o geólogo Uriel Duarte, da Universidade de São Paulo (USP). Já o processo natural de formação de água carbogasosa ou carbonatada – como é chamada pelos cientistas – surge do aquecimento subterrâneo. As fontes estão situadas em regiões onde ocorreram vulcões ou onde a camada de magma está mais próxima da superfície. “Nesses locais, os condutos de magma atravessam as rochas até alcançarem os aqüíferos, reservatórios subterrâneos de água. O calor intenso quebra as moléculas dos minerais contidos na água, liberando vapores e incorporando os gases ao líquido”, diz Uriel. Existe ainda outra possibilidade: “O gás carbônico também pode ser formado pela oxidação da matéria orgânica presente no aqüífero”, afirma o hidrogeólogo Ricardo Hirata, também da USP. De qualquer forma, muitas águas gasosas naturais podem apresentar teor de gás carbônico baixo para as convenções comerciais e, nesse caso, recebem artificialmente um reforço de CO2. Na terra como na fábrica Quando não vem da natureza, a água carbonatada é obtida em processo industrial Gaseificação natural 1. Condutos de magma aquecem o aqüífero (reservatório subterrâneo de água) 2. O calor libera os minerais da água, agregando a ela gases e vapores. Além disso, a oxidação da matéria orgânica presente no aqüífero também produz gás carbônico incorporado pela água 3. A água aquecida fica mais leve e sobe até uma fonte na superfície. Se o teor de gás for baixo para os padrões comerciais, ele é reforçado artificialmente Gaseificação artificial 1. A água mineral retirada da fonte é armazenada em um reservatório 2. O líquido é bombeado até o chamado desairador, onde o oxigênio dissolvido na água é retirado para dar lugar ao gás carbônico 3. No resfriador, a água tem sua temperatura abaixada para 5 oC, para facilitar a absorção do gás carbônico 4. O carbonatador é um tanque pressurizado, alimentado por CO2, para onde a água resfriada é borrifada. A pressão e a temperatura permitem que o CO2 ocupe o espaço que antes era do oxigênio

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Classificação das águas minerais

Águas minerais são aquelas que por sua composição química ou características físico-químicas são consideradas benéficas à saúde. A rigor, toda água natural, por mais pura que seja, tem um certo conteúdo de sais. As águas subterrâneas são especialmente enriquecidas em sais retirados das rochas e sedimentos por onde percolaram muito vagarosamente. Durante muito tempo acreditou-se que as águas minerais tinham uma origem diferente da água subterrânea. Sabe-se hoje, contudo, que ambas têm a mesma origem: são águas de superfície que se infiltraram no subsolo. As águas minerais são aquelas que conseguiram atingir profundidades maiores e que, por isto, se enriqueceram em sais, adquirindo novas características físico-químicas, como, por exemplo, pH mais alcalino e temperatura maior. Para que a água atinja grandes profundidades é necessário que encontre descontinuidades nas rochas, como fraturamentos e falhas geológicas. Sua temperatura será tanto maior quanto maior for a profundidade, devido ao gradiente geotérmico local. Seu conteúdo em sais guarda uma relação direta com o calor, pois a capacidade de dissolver minerais e incorporar solutos aumenta com a temperatura. Admite-se que uma parte muito pequena das águas minerais sejam provenientes de atividades magmáticas na crosta terrestre. Isto ocorre nas áreas com atividade vulcânica atual ou recente. No Brasil, a maior parte das ocorrências de águas mineralizadas se dá na forma de fontes naturais. Hoje, com o avanço da tecnologia de perfuração de poços profundos, pode-se prever que esta passará a ser a forma predominante de captação. As vantagens da captação através de poços são muitas: Produção segundo a demanda; controle mais barato e efetivo da qualidade bacteriológica da água; captação mais profunda e longe da influência das águas rasas, mais recentes e menos mineralizadas. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS MINERAIS NATURAIS Segundo o Código de Águas do Brasil (decreto-lei 7.841, de 8/08/45), em seu artigo 1°, águas minerais naturais "são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa". Neste código as águas minerais naturais são classificadas segundo suas características permanentes e segundo as características inerentes às fontes. 1- CARACTERÍSTICAS PERMANENTES Quanto à composição química, as águas minerais naturais são assim classificadas: I- Oligominerais: aquelas que contêm diversos tipos de sais, todos em baixa concentração. II- Radíferas: quando contêm substâncias radioativas dissolvidas, que lhes atribuam radioatividade permanente. III- Alcalina-bicarbonatadas: as que contêm, por litro, uma quantidade de compostos alcalinos equivalentes a, no mínimo, a 0,200g de bicarbonato de sódio. IV- Alcalino-terrosas: as que contêm, por litro, uma quantidade de alcalinos terrosos equivalentes a, no mínimo, 0,120g de carbonato de cálcio, distinguindo-se: IVa- Alcalino-terrosas cálcicas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,048g de cátion Ca, sob a forma de bicarbonato de cálcio. IV.b- Alcalino-terrosas magnesianas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,030g de cátion Mg, sob a forma de bicarbonato de magnésio. V- Sulfatadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100g do ânion SO4, combinado aos cátion Na, K e Mg. VI- Sulfurosas: as que contêm, no mínimo, 0,001g do ânion S. VII-Nitratadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100g de ânion NO3 de origem mineral. VIII- Cloretadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,500g de NaCl. IX- Ferruginosas: as que contêm, por litro, no mínimo. 0,005g de cátion Fe. X- Radioativas: as que contêm radônio em dissolução, obedecendo aos seguintes limites: Xa- Fracamente Radioativas: as que apresentam, no mínimo, um teor em radônio compreendido entre 5 e 10 unidades Mache, por litro, a 20°C e 760mm de Hg de pressão; Xb- Radioativas: as que apresentam um teor em radônio compreendido entre 10 e 50 unidades Mache por litro, a 20° C e 760mm de Hg de pressão; Xc- Fortemente Radioativas: as que possuírem um teor em radônio superior a 50 unidades Mache, por litro, a 20°C e 760mm de Hg de pressão. XI- Toriativas: as que possuem, por litro, no mínimo, um teor em torônio em dissolução equivalente, em unidades eletrostáticas, a 2 unidades Mache. XII- Carbogasosas: as que contêm, por litro, 200ml de gás carbônico livre dissolvido, a 20°C e 760mm de Hg de pressão.