segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
CHUVAS TEM INFLUENCIA NA QUEDA DAS VENDAS DE AGUA MINERAL
O verão costuma ser o melhor período de vendas para a indústria de água mineral. Mas este ano está sendo diferente. Quem trabalha no setor diz que as chuvas e os dias nublados provocaram uma redução de 10% nas vendas de água mineral. O verão de 2011 está sendo considerado o pior dos últimos 15 anos.
As consequências são pátios praticamente vazios, no Rio Grande do Norte, existem 15 indústrias de água mineral. Cerca de 1,500 funcionários. O presidente do sindicato da indústria de água mineral diz que o prejuízo pode atrapalhar o andamento do setor ano longo do ano.
- Nós tivemos praticamente 25 dias de chuvas ininterruptas e isso tem uma influência forte na expectativa que é gerada nos empresários com relação a demanda. É preciso que o empresário esteja alerta para ajuste e que isso não comprometa lá na frente quando o inverno chegar realmente – analisa Roberto Serquiz, presidente do sindicato da indústria de água mineral.
Fonte: Intertv
domingo, 23 de janeiro de 2011
Até 2014 coleta seletiva estará implantada em todo Brasil
Em quatro anos, no dia 3 de agosto de 2014, o Brasil estará livre dos lixões a céu aberto, presentes em quase todos os municípios brasileiros. Isso é o que define o artigo nº 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), recentemente regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. Também ficará proibido, a partir de 2014, colocar em aterros sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização.
Isso significa que os municípios brasileiros, para se adequar a nova legislação, terão que criar leis municipais para a implantação da coleta seletiva.
Uma outra data definida na regulamentação da PNRS é quanto à elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Pela regulamentação, a União, por meio do Ministério do Meio Ambiente, tem 180 dias de prazo, a contar da publicação do Decreto, para elaborar a proposta preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20 anos, devendo ser atualizado a cada quatro. A proposta do plano será submetida à consulta pública, pelo prazo mínimo de 60 dias.
Em sua versão preliminar, o Plano de Resíduos Sólidos vai definir metas, programas e ações para todos os resíduos sólidos. Para sua construção, a ser coordenada por um comitê interministerial, será utilizada a experiência e estudos sobre resíduos sólidos já acumulados em 18 estados da Federação.
O Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos, será coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e composto por nove ministérios mais a Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
Logística reversa – De acordo com o texto do Decreto, logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
A regulamentação definiu como se dará a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resíduos e determinou a criação de um comitê orientador para tratar destes casos específicos. São eles: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além das lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrônicos. O comitê orientador vai também definir cronograma de logística reversa para um outro conjunto de resíduos que inclui as embalagens e produtos que provoquem impacto ambiental e na saúde pública.
Os instrumentos para operar os sistemas de logística reversa são: acordos setoriais; regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou termos de compromisso.
O Secretário de Recursos Hídricos de Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano Silvério, explica que pela nova lei, o cidadão passa a ser obrigado a fazer a devolução dos resíduos sólidos no local, a ser previamente definido pelo acordo setorial e referendado em regulamento, podendo ser onde ele comprou ou no posto de distribuição. Segundo ele, a forma como se dará essa devolução, dentro de cada cadeia produtiva, será definida por um comitê orientador, a ser instalado ainda no primeiro semestre de 2011.
Atualmente, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece, por meio de Resolução, os procedimentos para o descarte ambientalmente correto de quatro grupos de resíduos. São eles: pneus(Resolução 362/2005); pilhas e baterias (Resolução 257/1999); óleos lubrificantes (Resolução 258/1999); e embalagens de agrotóxicos (Resolução 334/2003 e Lei nº 9.974/2000). Os acordos setoriais ou os termos de compromisso servirão para revalidar ou refazer os que está definido nas resoluções e leis em vigor.
Embalagens - A novidade que a regulamentação traz é a obrigatoriedade da logística reversa para embalagens. O secretário explica que é possível aplicar o procedimento para todo o tipo de embalagem que entulham os lixões atualmente, inclusive embalagens de bebidas. Ele relata, inclusive, que o Ministério do Meio Ambiente já foi formalmente procurado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) para informar que estão aptos a fazer a coleta de óleos lubrificantes. O MMA foi também procurado pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vdro (Abividro) que demonstrou interesse em implantar a logística reversa em embalagens de vidro.
Segundo ele, existem duas formas de se fazer a logística reversa para embalagens. Uma, de iniciativa do setor empresarial, que pode instituir o procedimento para uma determinada cadeia. A outra, de iniciativa do Poder Público. Neste caso, o primeiro passo é a publicação de edital, onde o comitê orientador dá início ao processo de acordo setorial. No edital estarão fixados o prazo, as metas e a metodologia para elaboração de estudos de impacto econômico e social.
Os acordos setoriais são atos de natureza contratual firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes visando à implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.
Depois de definidas as bases do acordo setorial, os setores envolvidos no processo de logística reversa definem como pretendem fazê-lo. A proposta é levada ao Governo Federal para análise. Estando em acordo ao que estabelece o edital, a proposta é acolhida e homologada via Comitê Orientador. A partir de então, o processo de logística reversa começa a ser implementado. O Governo Federal pode transformar o acordo em regra nacional por meio de regulamento..
O processo vale para os eletroeletrônicos. A partir do momento em que o Comitê Orientador definir o processo de logística reversa, ficará determinado onde o cidadão deve devolver seu resíduo. Silvano Silvério informa que o comitê orientador estabelecerá, por edital, o início dos acordos setoriais.
Catadores – A regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) dá atenção especial aos catadores de materiais recicláveis. Está definido, por exemplo, que o sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística reversa priorizarão a participação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda.
Determina também que os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos definam programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis também constituídas por pessoas físicas de baixa renda.
Diretrizes - A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, contém as diretrizes para a gestão, o gerenciamento e o manejo dos resíduos sólidos. Ela também incentiva os fabricantes a adotar procedimentos adequados à produção de produtos não agressivos ao ambiente e à saúde humana e à destinação final correta dos rejeitos da produção.
Sua aprovação representou um amplo consenso envolvendo todos os atores que fazem parte dos mais diversos ciclos da produção de resíduos sólidos no Brasil.
Ela trata de temas amplos e variados que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, envolvendo conceitos como área contaminada, ciclo de vida do produto, coleta seletiva, controle social, destinação final ambientalmente adequada, gerenciamento de resíduos, gestão integrada, reciclagem, rejeitos, responsabilidade compartilhada e reutilização.
A nova política é clara em definir de que forma se dará o gerenciamento dos resíduos, indicando inclusive sua ordem de prioridade que será a de não-geração, a de redução, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos. A nova política cria também um sistema nacional integrado de informações sobre resíduos sólidos. O sistema será responsável por recolher e divulgar informações com rapidez e qualidade.
(Fonte: Suelene Gusmão/ MMA)
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Água mineral em Laguna não se compra mais no mercado
Laguna - Em Laguna, comunidade e turistas encontraram uma forma de economizar. Ao invés de comprar água mineral nos mercados e distribuidoras vão direto na fonte, mais precisamente, na Fonte da Carioca, no centro histórico.
Revitalizada este ano pelo Governo Municipal e Iphan, o espaço tem seis vertentes de água, por mês liberam dois milhões de litros do líquido mineral.
Um garrafão de plástico, cinco litros, no mercado custa em média R$ 5. No verão, o consumo aumenta, uma família de cinco membros, utiliza mais de quatro galões por mês. No final dos 30 dias um total de R$ 20. Uma economia revertida para comprar mantimentos e a cerveja gelada para o churrasco.
O vai e vem de pessoas com garrafas plásticas e comum no final e início do dia. Caso do Lindomar Rodrigues que não compra mais água mineral no mercado. “Quando o garrafão sai de validade eu compro um novo para poder levar a água da Fonte”, conta ele. Mora no Mar Grosso e frequenta o espaço, pois considera a água “fresquinha e saudável”, conta.
O sabor apreciado por seu Lindomar, característica da água mineral, foi comprovado com estudos da riqueza mineral da Fonte da Carioca.
Sérgio Guedes a cada duas semanas engarrafa o líquido. Leva para casa dois garrafões. Divide em pequenas jarras e coloca na geladeira.
A Vigilancia Sanitária alerta os consumidores sobre os cuidados com o manuseio, validade do garrafão e também deixar o líquido em local arejado.
A antropóloga italiana Piera Talin, cursa a Ufsc, em Florianópolis, visitou o local pela primeira vez nesta semana. Já sabia das maravilhas da água, mas quis conferir e saborear de perto. “ Muito boa e fresquinha. Vou levar algumas garrafas”, disse ela.
Desde o ano de 1863, através da construção com paredes brancas, que os habitantes do município e visitantes utilizam a água, que surge da terra.
O público conhece a casa das nascentes, que ganhou vidro e revestimento cerâmico. Os velhos canos de PVC, que transportavam a água da Fonte da Carioca, e as torneiras foram substituídos por material inoxidável.
A nova estrutura oferece maior segurança sanitária para a população, preservando a qualidade da água.
Laguna é uma das únicas cidades do Sul do Estado com fonte de água mineral pública.
O projeto elaborado pela arquiteta Ana Paula Fogaça da Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação, foi licitado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, que investiu na obra cerca de R$224 mil.
O trabalho obedece as normas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Fonte dos namorados
No início da sua colonização, Laguna tinha três fontes de água que abastecia a cidade.
A fonte da Figueirinha (onde supostamente Anita e Guiseppe Garibaldi se conheceram), Campo de Fora e da Carioca, a única preservada ainda hoje.
A fonte da Carioca fica localizada ao lado da Casa Pinto Ulysséa. No pé do morro, a fonte é abastecida de água mineral, já comprovada por geólogos.
Antigamente, apenas uma pequena bica jorrava água. No ano de 1863, uma estrutura foi construída por escravos, muito comum na época, pois eles realizavam o trabalho braçal.
Foi denominada Carioca, que em tupi guarani significa casa branca ou oca.
A água da fonte foi por muito tempo, canalizada para prédios públicos e também para uma fonte ao lado do antigo Mercado.
Conforme o historiador Antônio Carlos Marega, o local se tornou um dos pontos turísticos da cidade, levando a fama de Fonte dos Namorados.
O motivo eram as idas e vindas das famílias até à fonte, uma atração para os visitantes.
Durante o passeio, os jovens solteiros trocavam olhares, muitos namoros começaram no trajeto até à fonte. A água da Carioca era levada pelas famílias que visitavam os lagunenses.
Foram nessas idas que casamentos iniciaram originando a fama do lugar.
No ano de 1876, o presidente da Província de Santa Catarina, João Capistrano Bandeira, através de uma lei, permitiu a organização de uma associação para conseguir um capital de cinco mil reis para o encanamento das águas da Carioca, até as proximidades das docas.
O objetivo era abastecer as embarcações. Um chafariz foi construído para este propósito. Cada barril de 20 litros de água, gerava 500 réis para a sociedade. Depois de 10 anos da organização, canos e o chafariz foram entregues para o poder municipal. Os canos podem ser ainda encontrados, já o chafariz foi destruído.
Secretaria de Comunicação Social do Governo Municipal de Laguna
Água para o mundo
Por clipping
As águas da Amazônia podem ser comercializadas em escala internacional a exemplo do que acontece com o barril de petróleo. Quanto custaria o barril de água? Esta é uma pergunta que os cientistas, especialmente os especialistas em água, como os hidrólogos, se fazem.
Com 20% das águas correntes do planeta, das quais 14% em solo brasileiro, a Amazônia continental pode ser considerada muito mais rica do que os poços de petróleo do Oriente Médio, palco de guerras em decorrência do seu “ouro negro”.
Foi com o intuito de valorizar cientificamente, socialmente, ambientalmente, politicamente e economicamente o potencial hídrico da região, que um grupo de trabalho formado por dez especialistas – Marco Antonio de Oliveira (CPRM), Naziano Filizola (Ufam), Emílio Soares (Ufam), Júlio Tota (UEA), Ingo Wahnfried (USP), Jaci Saraiva (Sipam), Eurides de Oliveira (ANA), Oswaldo Calisto Acosta (Aneel), Andrea Bartorelli (geólogo) e Ennio Candotti (Físico-Museu da Amazônia/Musa) – desenvolveram um estudo conjunto sobre o estado da água de superfície, subterrânea e aérea da região.
O dossiê foi entregue ontem ao secretário geral do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias, em Brasília, em reunião que contou com a presença do presidente do Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antônio Raupp, e do professor Ennio Candotti, na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal.
Entre as sugestões contidas no documento para as autoridades brasileiras observa-se “a criação do crédito de água para um serviço ambiental semelhante ao do crédito de carbono a ser utilizado no incentivo da conservação dos mananciais, das águas superficiais e subterrâneas. Estes créditos poderiam financiar comunidades propiciando a conservação – evitando e inibindo fontes contaminantes, bem como contribuir para a realização de estudos e ações.
Sempre com o objetivo de comprender e preservar os ciclos hidrológicos na Amazônia e no planeta, e os biomas que dependem dele e interagem com ele. Caminhos para a determinação de um valor de mercado do barril de água deverão ser estudados para consolidar este item-conceito”.
Cooperação – Os especialistas também apontam “a necessidade da criação de um Instituto Multidisciplinar das Águas da Amazônia, com a finalidade de promover estudos e projetos, a cooperação internacional e a colaboração entre as diferentes instituições e agências voltadas a conhecer e monitorar o papel climático e ambiental do ciclo hidrológico na Bacia Amazônica”, a maior e mais importante do mundo pelas características orgânicas, biológicas e de preservação da biodiversidade do planeta.
Manaus e Parintins têm água poluída – O Grupo de Trabalho responsável pelo documento aponta a necessidade urgente de um levantamento científico do estado da qualidade da água oferecida à população nas cidades de Manaus e Parintins, especialmente as oriundas dos poços artesianos.
Em determinado trecho do documento consta que “20% do abastecimento público de Manaus de água é feito a partir do Aquífero Alter do Chão, e apenas 8% das casas são atendidas por rede de coleta de esgotos. Isso gera contaminação por fossas sépticas. Um estudo avaliou a água de 120 poços particulares na cidade e constatou que 75% estavam contaminados por coliformes fecais. Em Parintins, todo o abastecimento de água é feito a partir do Aquífero Alter do Chão.
Um estudo mostrou que dos 18 poços que compõem o sistema de abastecimento, apenas quatro não apresentaram contaminação oriunda de fossas sépticas. Não há rede de coleta de esgotos na cidade”. Em face do cenário apresentado pelo dossiê e da necessidade de políticas públicas emergenciais para a área, o secretário-geral do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias, encaminhou o documento como uma das prioridades da nova gestão do ministério que assumirá com a posse da presidente Dilma Rousseff. (Fonte: A Crítica/ AM)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Especialista fala sobre mitos e verdades do flúor
Há 25 anos, a cidade de São Paulo conta com um aliado eficaz para reduzir o índice de cáries entre a população: a diluição de flúor na água. Segundo o professor Jaime Aparecido Cury, da Faculdade de Odontologia da Unicamp, esta foi uma iniciativa acertada dos administradores públicos.
No entanto, segundo ele, a população não deve pensar que apenas ingerido a água fluoretada estará livre do problema. É preciso investir na higiene pessoal e também na educação das crianças pára que este deixa de ser uma preocupação da saúde pública brasileira.
Em janeiro de 2010, o especialista irá ministrar o curso “Flúor: mitos e realidade de seu uso coletivo, pessoal, profissional e das suas combinações”, no Congresso Internacional de Odontologia do Centenário.
Abaixo, Cury fala sobre o fluor, seus benefícios e os mitos que o cercam:
:: O que é o flúor?
Jaime Aparecido Cury: O flúor é um mineral natural encontrado largamente na natureza. Além disso, ele tem sido usado mundialmente na prevenção de cárie dentária.
:: Como o flúor atua no controle da cárie?
Cury: A cárie é provocada por dois fatores: a organização de bactérias bucais na superfície dos dentes (formando a chamada placa bacteriana ou biofilme dental) e a exposição frequente à açúcares da dieta.
O açúcar consumido é transformado em ácidos pelo biofilme dental, provocando a dissolução dos minerais dos dentes por um processo chamado de desmineralização. A desmineralização ocorrida é parcialmente reparada pela saliva por um processo inverso, conhecido por remineralização. Se o flúor estiver presente na boca ele reduz a desmineralização e ativa a remineralização dos dentes reduzindo o efeito final do processo de desenvolvimento de cárie.
:: Quais são os meios de aplicação de flúor?
Cury: Existem meios coletivos, individuais, profissionais e suas combinações. A fluoretação das águas de abastecimento público é um importante meio de uso coletivo do flúor no Brasil. A Lei Federal nº 6.050, de 24/05/1974, determina que toda cidade com estação de tratamento de água deve agregar flúor na sua água. Os meios individuais incluem dentifrícios e soluções para bochecho diário. Há produtos com alta concentração de flúor para a aplicação profissional e materiais restauradores liberadores de flúor.
Dependendo do caso, o cirurgião-dentista pode recomendar o uso combinado dos meios de flúor para pessoas que têm dificuldade para controlar o processo de cárie (pessoas com alta exposição a carboidratos fermentáveis, principalmente a sacarose, que usam aparelho ortodôntico, têm pouca saliva devido ao uso de medicamentos, etc). Um exemplo de uso combinado é fazer a escovação com dentifrício fluoretado e bochecho com solução fluoretada. Do mesmo modo, a aplicação de flúor pelo cirurgião-dentista é recomendada para pacientes que não fazem auto-uso de flúor, quer seja por questão de comportamento ou deficiência física ou mental.
:: Qual a concentração de flúor na água fluoretada? Existe alguma forma de se calcular essa concentração referente à quantidade da população de determinado local?
Cury: A concentração de flúor a ser adicionada na água é feita segundo cálculo matemático que considera a temperatura média anual da localidade. Se as pessoas bebem mais água porque está mais calor, a concentração do flúor na água deve ser menor. No Brasil, por ser um país tropical, a concentração “ótima” de flúor na água da maioria das cidades é de 0,7 ppm (mg/L).
:: Pode-se aumentar ou diminuir a concentração de flúor na água de acordo com o índice de cárie na população?
Cury: Não. Em locais com alta prevalência de cárie, uma maior concentração de flúor não é indicada porque irá aumentar a fluorose dentária - único efeito colateral da ingestão da água fluoretada, a qual ocorre durante a formação dos dentes. A fluorose é percebida pelo aparecimento de linhas brancas transversais no esmalte dos dentes. Já uma menor concentração reduz o efeito anticárie do flúor.
:: A pessoa que vive em uma cidade com água fluoretada mas bebe água mineral não se beneficia com a fluoretação?
Cury: Mesmo quem não consome água de abastecimento público fluoretada é beneficiada, porque geralmente cozinha com essa água. Assim, refeições com arroz e feijão cozidos com água fluoretada são responsáveis por 50% da quantidade de flúor ingerido por dia.
:: Crianças menores de dois anos podem usar dentifrícios fluoretados?
Cury: A presença de flúor em creme dental é considerada essencial para controlar a cárie, portanto, a criança que não usa dentifrício fluoretado estará sendo privada do benefício anticárie do flúor. Para diminuir o risco de fluorose, deve ser usada uma pequena quantidade (equivalente a um grão de arroz cozido) de dentifrício de concentração convencional (1000-1100 ppm de flúor) e a escovação deve ser supervisionada pelos responsáveis pelas crianças até que elas possam cuidar de si próprias; um processo educativo como qualquer outro.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Dermatologistas discutem a importância de cosméticos formulados a partir de água mineral
Quarta-feira, 01 de Dezembro de 2010
Qual o papel da água mineral na dermatologia? É possível preservar os efeitos positivos da água mineral que bebemos também na formulação de cremes e protetores solares? Como as empresas brasileiras estão se beneficiando das pesquisas a partir da utilização dos minerais presentes na água de fontes nacionais? Nos próximos dias 2 a 4 de dezembro, mais de mil dermatologistas de todo o país estarão reunidos em Campinas para discutir esses e outros assuntos durante a 15ª Reunião Anual de Dermatologistas do Estado de São Paulo (Radesp).
O assunto virou tema de discussão porque existe uma forte diferença de dermocosméticos que usam água destilada dos que usam água mineral. Pesquisas e testes mostram que a pele tem maior bem-estar, mais hidratação e mais sensação refrescante com água mineral.
Outro ponto que será discutido é a diferença da pele da brasileira com a da européia. Débora Pedroso, mestre e doutora pela USP, explica que a pele da brasileira fica mais oleosa e mista, especialmente no verão. E que a água mineral da Serra do Japi, por exemplo, estimula a produção de aquaporina 3 – que é o canal de transporte de água nas células.
Além disso, colabora na manutenção da barreira cutânea e também tem atividade anti-inflamatória, que ajuda a acalmar a pele. Por isso, preste atenção nas bulas dos cremes que você for usar.
domingo, 14 de novembro de 2010
MS Tech mantém a comida segura do campo à mesa

Green Guest Profeta | 11 de fevereiro de 2010 | 3 Comentários | Envie esta
Como você pode ter certeza de que as bactérias não são dolorosas em sua comida? patógenos perigosos, como Salmonella, E. coli, Listeria e contaminantes químicos são responsáveis por mais de 76 milhões de origem de doenças alimentares por ano em os EUA sozinhos, de acordo com o Centro de Controle de Doenças. bactérias, vírus e toxinas prosperar na comida que é mal cozida , refrigerada ou preparados inadequadamente em lugares onde as normas de higiene são negligentes.
Uma empresa israelense, no entanto, espera fazer o seu alimento seguro da fazenda para o garfo. Herzliya baseado em MS Tech desenvolveu tecnologia de sensores inteligentes avançados que podem detectar a presença de contaminantes e substâncias químicas relacionadas em apenas três segundos, no campo.
FoodScan inovadores da empresa 3000 é - segundo a empresa - o único dispositivo portátil no mercado agora que os testes de amostras de bactérias e proporciona no local, análise imediata. No passado, as amostras tiveram que ser enviadas a um laboratório para análise - um processo demorado e caro. Outra vantagem é que ao contrário dos sistemas de testes, FoodScan 3000 é verde, ele não usa material radioativo ou de fontes ionizantes.
A segurança alimentar é uma questão de crescente preocupação mundial. No recorda recente dos EUA de carne moída suspeito, manteiga de amendoim e alface, estão aumentando a pressão para a inspecção alargada da segurança alimentar. A demanda para manter o alimento seguro gerou a segurança alimentar e as empresas de inspeção de produção, setor estimado em US $ 2,5 bilhões anualmente.
Detecção de bactérias no campo
"Nossa tecnologia pode detectar a presença ou ausência de bactérias e contaminantes em alimentos, antes que alguém possa ver ou sentir o cheiro deles", disse Doron Shalom, CEO da MS Tech diz ISRAEL21c. Shalom, que detém um mestrado pela London School of Economics, tem uma experiência comprovada na comercialização de tecnologias de sensores. Atuou anteriormente como vice-presidente de vendas globais e marketing da Aroma tecnologias de detecção, fornecendo sistemas de detecção de vestígios de aviação e segurança do aeroporto. Esses sistemas eram parte da seleção e os procedimentos de segurança utilizados nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Com base em uma matriz de alta freqüência do cristal de quartzo Microbalança (HGQ-CM), sensores e revestimentos, a tecnologia da MS Tech oferece alta sensibilidade e seletividade na detecção de moléculas alvo e posso dizer-lhe ou não o seu alimento é contaminado em três segundos.
Pesando apenas 800 gramas eo tamanho de cerca de dois iPhones, FoodScan 3000 é integrado com o HF-QCM sensores que são incorporados com algoritmos de detecção inteligente. A superfície de cada sensor tem um revestimento químico que é sensível a diferentes famílias de moléculas-alvo.
Para identificar uma molécula, os algoritmos de análise dos dados obtidos e combiná-lo com uma biblioteca de assinaturas digitais. "Nossos sensores HF-QCM são extraordinariamente sensíveis e podem atingir níveis de sensibilidade de um bilionésimo de um grama", afirma Doron.
Sensores de alerta antes da podridão em conjuntos
Doron dá o crédito para essa avançada tecnologia para a sua equipa científica em MS Tech, liderado pelo Dr. Lev Dayan, cientista-chefe e co-fundador da empresa. Dayan, um dos principais especialistas em física de cristal, tem experiência de mais de 40 anos projetando e desenvolvendo sensores electro-química. Professor Abraão Shanzer do Departamento de Química Orgânica do Instituto de Ciência Weizmann, também tem sido um dos principais contribuintes para a equipe multi-disciplinar. E a empresa possui um conselho de alto nível de consultores científicos.
A grande vantagem é a detecção precoce de alimentos estragados. Sensível a cada contaminante, FoodScan 3000 detecta uma mudança em termos de qualidade em qualquer nível, e podem fornecer uma indicação relativa do nível de contaminação do queijo, leite e outros alimentos.
"Às vezes, sai da fábrica de alimentos de alta qualidade, mas porque não é bem armazenado, manuseado corretamente, ou mantidos na temperatura certa, ele vai começar a estragar", explica Doron. "Quando um alimento ou bebida tem um cheiro ruim, ele pode fazer grandes danos à reputação de uma marca - para não mencionar os altos custos de recalls", acrescenta.
FoodScan 3000 foi inspecionado em Outubro de 2009 questão da Aviation Security International. Além das empresas de catering aéreo, os mercados-alvo da empresa incluem as agências governamentais de inspeção, as explorações leiteiras, supermercados, restaurantes, hotéis e, eventualmente, os consumidores.
De alimentos para a segurança
A visão da empresa a longo prazo é que um dia os consumidores serão capazes de digitalizar o seu próprio alimento para os contaminantes. MS Tech também está em negociações com fabricantes de equipamentos de processamento de alimentos para integrar os seus plug and play sensores em suas linhas de produção e processos de inspeção.
"Nós podemos personalizar o produto às necessidades técnicas do cliente em cada nível da cadeia alimentar", afirma Doron. Com uma conexão Wi-Fi e GPS, FoodScan 3000 pode até mesmo transmitir os resultados dos testes de controlo remoto a partir de sites.
Privada de MS Tech é um candidato para uma série de prêmios por inovação tecnológica a partir de analistas da indústria. A empresa espera começar primeiro com implementações em empresas seletivo os EUA e Europa este ano, e afirma que países da Ásia, com elevados padrões de segurança alimentar, também estão interessados em usar a tecnologia da empresa.
A empresa não apenas um plano para parar em géneros alimentícios. Agora, no processo de criação de uma I & D centro para ser localizada em nenhum sul ou o centro do país, MS Tech também planos para desenvolver produtos de detecção inovadoras para diagnósticos bio-médica (centros de saúde, clínicas privadas), segurança ( detecção de explosivos, narcóticos), poluição do ar de tecnologia limpa (, de monitorização das águas); aeroespacial (vazamentos de combustível hidráulica, pandemias), possivelmente, e até mesmo medicamentos.
O que precisa agora são parceiros estratégicos e de financiamento. "Estamos actualmente à procura de parceiros estratégicos e levantamento de capital para estabelecer o nosso centro de I & D e instalações de produção", conclui Doron.
(Por Sharon Cannon para ISRAEL21c -www.israel21c.org. Reproduzido com permissão.)